



Respeito é Tudo!
O pescador deve saber que respeitar os tamanhos mínimos de captura é uma forma importante de colaborar para o manejo e conservação de seu esporte. [por Kelven Lopes]
Peixes soltos consciente e responsavelmente colaboram, e muito, para a preservação de nossa ictiofauna esportiva.



Preserve!!!
Tamanho Mínimo de Captura
O tamanho mínimo de captura é uma medida que corresponde ao comprimento dos peixes autorizados para o abate. A medida é estimada através de uma equação que leva em consideração o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos para a primeira reprodução dos peixes de cada espécie. Algumas espécies estão tão ameaçadas que seus exemplares não podem ser capturadas (em alguns estados) independente do tamanho.
O objetivo é assegurar a correta conservação e gestão da atividade pesqueira. Caso o exemplar capturado possua dimensões inferiores às estipuladas, é obrigatória a devolução e se for pego com um exemplar assim estará sujeito à multa ou à prisão inafiançável.
Vale lembrar que algumas espécies de peixes de água doce ocorrem em mais de uma bacia hidrográfica e apresentam comportamentos reprodutivos distintos em cada uma, mudando assim o tamanho mínimo, já que os tamanhos da primeira reprodução podem não ser semelhantes. Um grande exemplo para mim em relação à pesca esportiva é o meu grande amigo, meu melhor amigo Isaque Pinheiro, que mesmo em uma pescaria com escassez de peixes, soltou um exemplar de couro porque estava fora da medida.
Piracema - Peixes de Água Doce
Piracema é o movimento dos cardumes de peixes de água doce que nadam rio acima, contra a correnteza, para realizar a desova no período de reprodução. A palavra vem do tupi e significa algo como "saída de peixes", como os índios descreviam esse fenômeno que ocorre com milhares de espécies no mundo inteiro. Na maior parte do Brasil, a piracema coincide com o período das chuvas de verão. "Quando a temperatura da água e do ar esquentam e o nível do rio sobe em até 5 metros, os peixes percebem que é hora de vencer a correnteza para se reproduzirem. Junto à cabeceira dos rios, a chance de sobrevivência dos recém-nascidos é maior", afirma o biólogo Geraldo Barbieri, do Instituto de Pesca de São Paulo, entidade do governo estadual. O ponto de partida é o chamado lar de alimentação, onde os peixes encontram comida suficiente para sobreviver na maior parte do ano.
Na jornada rio acima, o esforço contra a corrente é essencial para o processo de reprodução, pois os peixes queimam gordura e estimulam a produção de hormônios responsáveis pelo amadurecimento dos órgãos sexuais.
É importante lembrar que na época de piracema é proibida a pesca predatória de algumas espécies, devendo devolver todos os exemplares à água independentemente de tamanho e de local de consumo do peixe.
Perigos
Entre as principais ameaças para nossos peixes estão:
-
Pesca predatória excessiva: vem causando graves consequências no Brasil e pode em pouco tempo extinguir certas espécies endêmicas e raras de algumas regiões ou de todo o país;
-
Destruição do habitat: construções de usinas hidrelétricas atrapalham a piracema, e junto à poluição das águas (tanto de rios e lagos quanto de mares) pode desequilibrar e mudar os ecossistemas aquáticos.
-
Introdução de espécies exóticas: A introdução de espécies de peixes não nativas em rios e lagos pode causar sérias consequências, pois as espécies invasoras podem competir com as nativas por alimento, ou até ocupar o espaço em larga escala e competir por espaço, também podem começar a predar as espécies nativas o suficiente para extinguir algumas. Nos piores casos, espécies endêmicas desaparecem para sempre.
[por: Jônatas Pereira Bertholucci]


PESCA ESPORTIVA e PEIXES
