



Black Bass (Micropterus salmoides)
Descrição do Black-Bass:
A captura de um Bass é técnica e exige um vasto repertório de iscas e habilidades. A espécie que temos no Brasil, Micropterus salmoides - conhecida popularmente como Black Bass, Largemouth Bass, Northen Bass ou Truta-Verde na região Sul - tem típico formato perciforme. A cabeça, grande, ocupa cerca de 1/3 a 1/4 do comprimento do corpo. Uma característica que o diferencia da espécie mais próxima, o smallmouth bass, Micropterus dolomieu, não encontrada aqui, é que, no salmoides, a região do "canivete" da boca ultrapassa a parte final da órbita na espécie que temos, enquanto nessa outra, é anterior aos olhos.
Possui boca terminal muito ampla, prognata, com placas dentígeras estreitas. A nadadeira dorsal tem uma porção de raios duros e outra de raios moles separadas por um forte entalhe - como nos tucunarés. A caudal é truncada ou emarginada, com lóbulos de formato arredondado, enquanto as peitorais e pélvicas são pouco desenvolvidas, com bordos arredondados. A coloração geral é verde-oliva, um pouco escurecida no dorso e mais amarelada/dourada na parte inferior dos flancos e ventre, que pode apresentar cor branca. O black bass é uma das espécies responsáveis pela movimentação do mercado global da pesca esportiva de água doce. Por seu grande valor, foi introduzida em vários países e regiões do mundo, sendo considerada uma espécie cosmopolita. Outra característica que colabora para sua disseminação é o fato de tolerar águas com certa salinidade, permitindo-lhe ocupar regiões de estuários e partes de manguezais.
Conservação:
Espécie exótica. Nativa dos EUA e introduzida em várias bacias, represas e lagos brasileiros e também em outras regiões do mundo, como Europa e Ásia.
Distribuição no Brasil:
Bacias dos rios da região Sudeste e Sul do Brasil, como as do Alto Paraná e Uruguai.
Porte:
No Brasil, raramente ultrapassa os três quilos. Nos EUA, pode passar de dez, especialmente a variedade híbrida entre as duas subespécies Micropterus salmoides salmoides e Micropterus salmoides floridanus.
Recorde IGFA:
10,12 quilos (Japão, 2009).
Habitát:
Lagos, lagoas, represas e também rios de ambientes lênticos e semi-lóticos, desde que a correnteza não seja muito forte. Gosta de áreas marginais relativamente profundas, com troncos, galhadas e rochas submersas. Locais como drop-offs, píeres, atacadouros e pilastras de pontes também são frequentados pelo bass.
Hábitos Alimentares:
O Bass é um predador carnívoro e generalista. Apresar de preferir pequenos peixes, preda também invertebrados como crustáceos e insetos e vertebrados terrestres como rãs e pererecas, além de pequenas aves e até mamíferos como camundongos e morcegos!
Melhor Época:
O ano todo, com destaque para a primavera.
Manuseio e Soltura:
Apesar de ser resistente para um peixe de escamas, o bass não tolera muito tempo fora da água, devendo ser manuseado com as mãos molhadas. Todavia, não é aconselhável soltá-lo, visto que é uma espécie predadora e por apresentar riscos às espécies brasileiras.
Pescando Black Basses
Pesca 1. Iscas de varredura ou exploratórias:
São as que cobrem as áreas mais extensas a cada arremesso. Podem atrair o peixe a distâncias maiores e muitas vezes geram ataques por reação e defesa do território. São geralmente usadas no chamado estilo power fishing.
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Varas: De 6 pés a 6'6", com capacidade de carga (libragem) entre 10-20 e 10-25 libras e ação moderada a rápida. Lembrando que varas mais longas possuem maior potencial de arremesso e fisgadas, embora percam um pouco na precisão.
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Carretilhas Por possuírem capacidade de tração, são a mais apropriadas para o uso dessas iscas. Opte por modelos anatômicos e que tenham perfil baixo.
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Linhas: De multifilamento entre 0,20 e 0,28 mm. Outra opção é usar náilon revestido de fluorcarbono ou uma linha 100% constituída por esse material, porém mais maleável, em sua totalidade.
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Líderes: De fluorcarbono ou náilon, de até 0,35 mm se faz necessário.
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Iscas: Plugs de superfície, meia água e fundo com barbela mais longa (cranckbaits), além de iscas metálicas como spinnerbaits, buzzbaits e chatterbaits estão entre as principais.
Pesca 2. Iscas "localizadoras":
Visam a exploração de áreas menores ou mesmo pontos específicos, como árvores caídas no barranco e drop-offs (quedas bruscas) no leito do reservatório. São em sua maioria, soft baits, que podem ser utilizadas em dois estilos principais:
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Finesse: Composto por equipamentos muito leves, que facilitam o trabalho e controle das iscas e visam sensibilidade e sutileza para dectar os ataques, em montagens como wacky, jig wacky, down shot ou drop shot, split shot, no sinker, neko e midosto, muitas com origem no Japao.
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Rigs pesados: Representados por montagens clássicas como o texas rig e carolina rig, além de outrasnque surgiram mais recentemente como jika rig e shaky head. As iscas soft também podem ser usadas no estilo power fishing, mas sua abrangência será menor que a de uma isca exploratória.
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"Seu temperamento pode mudar em poucas horas e muitas vezes o ataque pode acontecer não pela fome, mas por competição e defesa do território."

PESCA ESPORTIVA e PEIXES
