



Atuns (Thunnus sp.)
Descrição dos Atuns:
Os Atuns pertencem a um grupo diverso e rico em variedades na costa brasileira. Alguns tipos como a Albacora; Thunnus alalunga, são muito abundantes, enquanto outros, como o Atum-Rabilho ou Atum-Azul; Thunus thynnus , são raramente capturados. São peixes com formato fusiforme, a cabeça tomando um quarto do comprimento. Têm olhos bastantes desenvolvidos e boca terminal com abertura moderada, dotada de dentes pontiagudos. Sua porção interna se parece com a pele exterior por respirarem com a boca entreaberta enquanto nadam continuamente. O pedúnculo caudal é fino e delicado e a nadadeira caudal furcada/lunada permitem aos atuns superar 80 km/h de velocidade! Tudo isso aliado a musculatura vermelha que realiza respiração aeróbica, resultando em muita força e fôlego. A nadadeira anal está posicionada quase sempre sob a segunda dorsal, dando aspecto simétrico. No pedúnculo existem diminutas nadadeiras, as pinículas, que variam em número e cor conforme a espécie. A cor geral do corpo é azulada, mais escura no dorso, prateada nos flancos, mas eventualmente, faixas longitudinais em tom brônzeo ou dourado podem ser observados no Atum-Amarelo; Thunnus albacares, muito comum na costa brasileira.
Conservação:
Espécies não vulneráveis ou ameaçadas, à exceção do Atum-Rabilho/Azul, sob risco de extinção comercial. São consideradas sobre-exploradas em muitas regiões do planeta.
Distribuição:
Circum-global, nos mares quentes e temperados
Porte:
Variado, dependendo da espécie: alcançando cerca de 1 metro e 20 quilos no Atum-preto; Thunnus atlanticus; e mais de 3 metros e 600 quilos no atum-azul.
Recorde IGFA:
Atum-Rabilho, 678,57 quilos (em Nova Scotia, Canadá, 1979)
Habitat:
Peixes tipicamente pelágicos, ocorrem em mar aberto, circulando pelas correntes oceânicas desde a superfície até mais de 600 metros de profundidade (atum-azul). Como os adultos não possuem bexiga natatória, a flutuação se dá pela quantidade de gordura presente no corpo, além da natação ativa. Formam cardumes numerosos, com centenas a milhares de indivíduos de porte variado. Os atuns se associam entre eles e outras espécies, como os bonitos.
Melhor Época:
Durante o ano todo, principalmente no verão.
Manuseio e Soltura:
Se debatem muito e, quando retirados da água, quase sempre apresentam hemorragia com maior ou menor intensidade, o que geralmente causa sua morte. Se for praticar o pesque e solte, evite retirar o peixe da água, sobretudo se for grande. Use luvas e bicheiros, colocados na mandíbula para o embarque, caso for matar o peixe.
Pescando Atuns
Equipamentos de Corrico:
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Varas: De 5'6" a 6 pés, classe 30 a 80 libras dependendo do porte dos peixes almejados, lembrando que nosso litoral é frequentado por atuns que passam dos 100 quilos. Os modelos de cabo torto são próprios para fixação em cadeiras giratórias e mais indicados para a procura de grandes exemplares. O cinto de broga ou fight belt é indispensável para varas com cabo comum.
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Carretilhas: São mais usadas que o molinete na modalidade. Devem possuir fricção forte e grande capacidade de linha, partindo de 200 e chegando a mais de 500 metros. As carretilhas oceânicas costumam não contar com distribuidor de linha e ter baixa relação de recolhimento. As categorias de 30, 50 e 80 libras são as mais usadas.
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Linhas: As de muonofilamento ainda são as mais populares, até pelo custo menor de preencher um carretel com até meio quilômetro de linha. A resistência pode variar de 30 a 80 libras. Muitos pescadores usam linhas mais fortes para encurtar as brigas.
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Líderes: De náilon ou fluorcarbono, mais espessos que a linha principal, para facilitar o embarque do peixe, costumam ser longos, entre 4 e 6 metros.
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Anzóis: Circulares, 6/0 a 12/0, para corrico de iscas como lulas e farnangaios, e do tipo "J" entre 6/0 e 9/0 para lulas artificiais. Não se usa empate metálico com iscas naturais.
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Iscas Artificiais: A escolha número um dos pescadores costuma recair sobre as lulas, em vários tamanhos e cores, com anzóis entre 6/0 e 9/0, seguidas de plugs de barbela longa, de plástico ou metal, entre 15 e 20 centímetros.
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Iscas Naturais: Xereletes, pequenas lulas, farnangaios, sardinha e outras presas comuns dos atuns.
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Chumbadas: Em condições de mar agitado, pode-se lançar mão de um chumbo leve antes do anzol para que a isca desça um pouco.
Arremesso:
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Varas: Longas, de 2,40 a 2,70 metros, claase 40 a 80 libras, com capacidade de arremesso (casting) de até 150 gramas.
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Molinetes: Predominam na modalidade. Classe 10 000 a 20 000, com bom sistema de fricção para conter as corridas dos grandes exemplares e capacidade para pelo menos 250 metros de linha.
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Linhas: De multifilamento com 60 a 80 libras de resistência (PE 5 a 8)
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Líderes: De náilon ou fluorcarbono com 90 a 120 libras de resistência. Os mais maleáveis facilitam a realização dos nós com as linhas de multi.
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Iscas: Plugs de 17 a 30 centímetros e 100 a 150 gramas com destaque para poppers e sticks na superfície, seguidos de modelos de sub-superfície e de barbela curta.
Pesca Vertical:
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Varas: De 5 a 6 pés, classe 30 a 80 libras ou para linhas PE 4 a 8, dependendo do tamanho dos peixes visados, om ação específica para pesca com metal jigs.
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Carretilhas e Molinetes: Específicos para a modalidade, com pegadores (manetes) grandes e anatômicos, bom sistema de freio e capacidade para pelo menos 200 metros de linha.
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Linhas: De multifilamento de 30 a 80 libras, ou PE 4 a 8.
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Líderes: De fluorcarbono de 0,60 a 1 mm, com pelo menos 3 a 5 metros de comprimento para distanciamento da linha de multi, cuja vibração e cor pode afugentar os peixes.
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Iscas Artificiais: Metal jigs de modelos e cores variadas, com peso variando entre 80 e 300 gramas, de acordo com a força da maré e a profundidade.
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Iscas Naturais: Peixes vivos como sardinhas e carapaus, bem como lulas.
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Anzóis: Circulares de haste fina (porém resistentes) de tamanho 4/0 a 7/0.
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Chumbadas: De 80 a 200 gramas, dependendo da profundidade e da força da maré.
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Chicotes: Longos, entre 2 e 3 metros de comprimento, com a mesma espessura do líder e preferencialmente de fluorcarbono.
Pesca com Mosca:
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Varas: De numeração #9 a #15, de ação rápida.
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Carretilhas: Compatíveis às varas usadas, com bom sistema de freio e capacidade para pelo menos 200 a 250 metros de backing.
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Linhas: Tanto as flutuantes quanto as intermediárias e sinking , do tipo shooting taper para facilitar os arremessos mais longos.
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Líderes: De fluorcarbono, com comprimento que pode variar dos 9 aos 15 pés, e resistência do tippet entre 30 e 60 libras.
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Iscas: Grandes streamers imitando peixinhos e lulas.
"Hidrodinâmicos, musculosos e destemidos, eles são garantias de boa pesca em alto mar. Engatar um dos grandes pode significar uma briga de mais de uma hora."


PESCA ESPORTIVA e PEIXES
