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Aruanãs (Osteglossum sp.)

 

Descrição do Aruanã-Branco:

     O Aruanã-Branco, Osteglossum bicirrhosum, tem corpo alongado e fortemente comprimido, o que o ajuda a saltar para capturar presas fora d'água ou fugir de predadores. Sua coloração geral é amarronzada ou cor de bronze, sendo comuns tons de verde com bordas rosadas nas escamas. Os grandes olhos ficam em posição lateral na cabeça. A nadadeira dorsal é alongada e baixa, e a anal, mais alongada, originando-se na metade do corpo. As grandes nadadeiras peitorais têm formato pontiagudo, com extremidades ultrapassando a base das pélvicas, igualmente afiladas. A caudal é bem pequena, arredondada e geralmente ausente.

Descrição do Aruanã-Preto:

    O Aruanã-Preto, Osteoglossum ferreirai, tem características semelhantes ao branco e é bem menos comum, e é diferenciado pela sua coloração mais escura, em tons de cinza e preto, e às vezes, um pouco esverdeado.

Descrição de ambos: 

    Possuem a boca estreita e ampla, com abertura superior oblíqua voltada para cima, com pequenos dentes pontiagudos nas maxilas. A mandíbula apresenta um par de pequenos barbilhões no queixo utilizados para detectar vibrações de presas. São peixes de visão bem desenvolvida, detectando presas situadas a mais de um metro da superfície! Apesar de serem as espécies mais relacionadas ao pirarucu, realizam respiração exclusivamente branquial, mas são capazes de sobreviver em águas paradas com baixos teores de oxigênio.

Conservação:

      Espécies não vulneráveis ou ameaçadas.

Distribuição:

     Aruanã-Branco: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins;

     Aruanã-Preto: Exclusivo da bacia do Rio Negro (Amazônica) e seus afluentes.

Porte:

     Aruanã-Branco: Atinge mais de 1 m de comprimento e 6 kg;

     Aruanã-Preto: Até 60 cm e 1,5 kg.

Hábitat:

     Vivem em pequenos grupos na superfícies, invadindo florestas inundadas e frequentando lagos, lagoas e igarapés de águas calmas. São eventualmente encontrados em rios pequenos e médios, geralmente nas partes baixas, em áreas de correnteza reduzida e moderada. Frequentam águas claras e com poucos sedimentos, pois se orientam pela visão. Regiões rasas com águas mais quentes com troncos, galhadas e vegetação inundada são seus locais preferidos, especialmente durante a seca.

Hábitos alimentares:

    São carnívoros generalistas, consumindo pequenos peixes, insetos, aracnídeos, anfíbios, répteis (pequenos lagartos e até serpentes), além de pequenas aves e mamíferos, como camundongos e morcegos.

Melhor época:

      Períodos mais secos do ano.

Manuseio e soltura:

    Requerem certa atenção por se debaterem bastante. Cuidado para não machucar suas frágeis mandíbulas ou os barbilhões. Manuseie estes valentes peixes com as mãos molhadas.

Pescando Aruanãs

Pesca de arremesso:

     Varas: de 5'6" a 6', 10-17 lb, de ação rápida das fisgadas, devido à boca óssea do aruanã e seu hábito de saltar quando fisgado;

   Carretilhas: de perfil baixo , leves e confortáveis, devido ao grande número de arremessos ao longo do dia, e adequadas para o arremesso de iscas leves;

     Linhas: as de multifilamento (15-20 lb) fazem diferença principalmente no momento da fisgada;

     Líderes: de fluorcarbono, 20-25 lb, com comprimento próximo ao da vara;

     Iscas: Hélices de jumping baits (zaras) de até 9 cm, que imitem o bater das asas dos insetos ou pequenos animais nadando em fuga.

Pesca com mosca:

     Varas: Uma #7 é suficiente, mas como os encontros com o peixe acontecem durante pescarias de tucunarés, é melhor #8 ou #9;

     Carretilhas: De tamanho médio ou grande, compatível às varas;

     Linhas: Flutuantes;

     Líderes: De náilon ou fluorcarbono, com 1,5 a 2,5 metros e 20 libras de resistência no tippet (ponta).

     Iscas: Streamers, poppers, buggers e reproduções de gafanhotos e outros insetos terrestriais.

"Acrobatas da floresta inundada, os aruanãs logo denunciam sua presença. Nem por isso capturá-los é fácil: além de ágeis, sua boca dificulta as fisgadas. Daí o nome da família: Osteoglossum, o mesmo que: 'língua óssea'."

© PESCA ESPORTIVA. Orgulhosamente criado por Jônatas Pereira Bertholucci

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